Folclorista Paixão Côrtes, um dos responsáveis pela estagnação do Rio Grande, segundo o jornalista David Coimbra
Vou tentar me focar no tema pois,
normalmente, me irrito e saio escrevendo impropérios quando abordo tal assunto. Meu inconformismo é sobre o texto abaixo,
clonado do blog G1 Repórter Farroupilha, do meu amigo Giovani Grizotti, sob o
título MITO GAÚCHO GERA ATRASO.
Lí
atentamente o artigo publicado pelo jornalista e colega David
Coimbra, que busca encontrar argumentos para justificar o que
considera conformismo do gaúcho som o “quase bom” e o “próximo do ótimo”. O jornalista
afirma “desconfiar” que as razões dessa forma diferente de “ver o mundo”, tão
diversa do “cosmopolita capitalismo paulista” (que buscaria o bom e o
ótimo), tiveram início na década de 40, quando Paixão
Côrtez fundou o primeiro CTG do
estado, o 35.
A partir
disso, na opinião dele, ” a vida campeira deixou de ser caipira para tornar-se
motivo de orgulho”. David lembra, ainda, que na mesma época Érico
Veríssimo lançou O Tempo e o Vento.
Assim, “aparafusava na cabeça de todos os brasileiros a imagem do herói
gaudério: o insuperável Capitão Rodrigo”.
Embora
considere o romance do escritor “universal” e o movimento de Paixão, “nobre”,
David entende que, a partir daí, o gaúcho passou a olhar para
“trás” a “achar que basta” e a “viver do passado”. O que vocês acham?
Minha opinião: (Léo Ribeiro)
Minha opinião: (Léo Ribeiro)
Antes de mais nada, temos que saber sobre o autor
do texto. David Coimbra, embora escreva muito bem, se caracteriza pelos
constantes ataques àquilo que venha do mundo tradicionalista. Precisa disto
para sua auto-estima. Isto é notório até no programa radiofônico (Sala de
Redação) em que participa. Seus colegas lhe fazem chacotas tipo: - Quero ver tu
aparecer lá no Acampamento Farroupilha para fazer o programa ao vivo... Em
suma, David Coimbra é, na RBS, o carbono daquele jornalista do Correio do Povo
(me nego a citar o nome), que usa de sua inteligência para denegrir o que o
gaúcho ainda preserva com o maior orgulho, a sua tradição.
Em resumo, o escritor de ZH (e que falta que faz
o Nico Fagundes para um contraponto no mesmo jornal) diz que a partir de Paixão
Côrtes o Rio Grande do Sul transformou-se num Estado conformista, sem ambição,
voltado para o passado, sem buscar o bom e o ótimo como o cosmopolita capitalismo paulista.
Então, nosso maior
folclorista, motivo de honra para todo o gaúcho, é culpado pelo atraso econômico
de nosso Estado (acho agora que foi ele quem mandou a Ford embora), pela corrupção
desenfreada em quase todos os setores públicos, pela falência da ética e da
visão coletiva entre os partidos políticos, pela violência que coloca nossa
capital com a taxa alarmante de 32 assassinatos por 100 mil habitantes, tendo o
triplo do índice considerado aceitável pelas Nações Unidas, ficando a frente de
cidades como Bogotá, Rio de Janeiro e São Paulo.
Para tudo, nós temos
que arrumar um culpado e a nossa pura e saudável tradição é culpada pelo
desemprego, pela vida subnutrida nas favelas, pelo nível assustador de viciados
e as conseqüentes mazelas oriundas destes vícios.
Nossos freqüentadores de
CTGs, nossos músicos e poetas, são responsáveis, segundo este jornalista, pela
troca de favores entre políticos, pela chuva em demasia que prejudica a soja,
pelo sol escaldante que prejudica o arroz...
Cheguei a conclusão,
depois da brilhante coluna de David Coimbra, que Erico Veríssimo e o seu
Capitão Rodrigo são os “dedos-duros” que indicaram a policia federal o nome do
Secretário de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul e mais 14 integrantes de sua
pasta que foram presos agora, há poucos instantes, por exigirem propina para
liberação de alvarás.
E como é atrasado aquele conjunto de ilhas que chamam de Japão, o Império do Sol Nascente, que cultua como poucos povos no mundo a sua tradição milenar...
E como é atrasado aquele conjunto de ilhas que chamam de Japão, o Império do Sol Nascente, que cultua como poucos povos no mundo a sua tradição milenar...