Aqui no Rio Grande do Sul é assim. Não tem frescura de dólar em cuecas. As propinas são pagas em garrafas de canha mesmo. Coisa de macho! Ou seria coisa de quem bradou inocência porque escapou da Operação Rodan, por falha no processo?
E não me venham com esta lenga-lenga de que somos o povo mais politizado do Brasil. Com o voto dos gaúchos "eles" estão lá pelo Planalto Central, mamando de novo...
Relatório da Polícia Federal
encaminhado ao Supremo Tribunal Federal afirma que José Otávio Germano (PP-RS)
e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG) pagaram R$ 200.000 como “agrado” numa
embalagem de “garrafas de cachaça” para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da
Petrobras, favorecer a empresa Fidens Engenharia.
THIAGO
BRONZATTO
20/08/2015
- 14h58 - Atualizado 20/08/2015 16h01
O primeiro relatório de conclusão da série de
investigações de políticos envolvidos na Operação Lava Jato, conduzidas pela força-tarefa
da Polícia Federal em Brasília, foi finalizado e protocolado no Supremo
Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (19/08). Trata-se de um relatório
que compromete o Partido Progressista (PP). Segundo a PF, os deputados José
Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias
(PP-MG) agiram em favor da contratação empresa Fidens Engenharia para atuar em
obras do Comperj, no Rio de Janeiro, e da Refinaria Premium I, no
Maranhão, da Petrobras. Para viabilizar a contratação da companhia pela
estatal, os parlamentares deram um “agrado” de R$ 200.000 em espécie no hotel Fasano,
no Rio de Janeiro, para Paulo Roberto Costa, então diretor de abastecimento da
Petrobras e delator do escândalo do Petrolão.
O pagamento do “agrado” de R$ 200.000 pela
contratação da Fidens foi feito numa embalagem utilizada para acondicionar
“garrafas de cachaça” num quarto do hotel Fasano, em Ipanema, no Rio de
Janeiro, onde estavam hospedados os dois deputados do PP, segundo Paulo Roberto
Costa. A Polícia Federal teve acesso a um registro de reserva realizado no dia
30 de agosto de 2010 em nome dos dois parlamentares – e uma diária de um
quarto duplo em nome de José Otávio Germano, entre o dia 1º e 2 de setembro de
2010. Essa estadia foi confirmada, inclusive, pelo próprio parlamentar, em seu
depoimento. Diante da inexistência de vídeos da época da hospedagem dos
deputados, a PF mapeou os extratos de chamadas telefônicas realizadas entre os
dois parlamentares e o executivo Rodrigo Alvarenga Franco. Foram encontradas 27
ligações entre José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias
(PP-MG), além de 44 contatos entre Luiz Fernando e Rodrigo Alvarenga. Foi
constatada também a entrada de Luiz Fernando Ramos no escritório do doleiro Alberto
Youssef, em São Paulo, no dia 20 de setembro de 2011. Segundo Youssef, em
depoimento à PF, a Fidens foi contratada para a obra de terraplanagem da
refinaria Premium I devido a “uma ingerência pessoal do Deputado Federal LUÍS
FERNANDO do Partido Progressista junto a PAULO ROBERTO COSTA, sendo que a
comissão seria paga diretamente ao mesmo pela FIDENS”.