RETRATO DA SEMANA

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sexta-feira, 21 de agosto de 2015

GAÚCHO PAGA PROPINA EM GARRAFA DE CANHA


Aqui no Rio Grande do Sul é assim. Não tem frescura de dólar em cuecas. As propinas são pagas em garrafas de canha mesmo. Coisa de macho! Ou seria coisa de quem bradou inocência porque escapou da Operação Rodan, por falha no processo?

E não me venham com esta lenga-lenga de que somos o povo mais politizado do Brasil. Com o voto dos gaúchos "eles" estão lá pelo Planalto Central, mamando de novo... 



Relatório da Polícia Federal encaminhado ao Supremo Tribunal Federal afirma que José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG) pagaram R$ 200.000 como “agrado” numa embalagem de “garrafas de cachaça” para Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, favorecer a empresa Fidens Engenharia.

THIAGO BRONZATTO
20/08/2015 - 14h58 - Atualizado 20/08/2015 16h01 

O primeiro relatório de conclusão da série de investigações de políticos envolvidos na Operação Lava Jato, conduzidas pela força-tarefa da Polícia Federal em Brasília, foi finalizado e protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF) na última quarta-feira (19/08). Trata-se de um relatório que compromete o Partido Progressista (PP). Segundo a PF, os deputados José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG) agiram em favor da contratação empresa Fidens Engenharia para atuar em obras do Comperj, no Rio de Janeiro, e da Refinaria Premium I, no Maranhão, da Petrobras. Para viabilizar a contratação da companhia pela estatal, os parlamentares deram um “agrado” de R$ 200.000 em espécie no hotel Fasano, no Rio de Janeiro, para Paulo Roberto Costa, então diretor de abastecimento da Petrobras e delator do escândalo do Petrolão. 

O pagamento do “agrado” de R$ 200.000 pela contratação da Fidens foi feito numa embalagem utilizada para acondicionar “garrafas de cachaça” num quarto do hotel Fasano, em Ipanema, no Rio de Janeiro, onde estavam hospedados os dois deputados do PP, segundo Paulo Roberto Costa. A Polícia Federal teve acesso a um registro de reserva realizado no dia 30 de agosto de 2010 em nome dos dois parlamentares  – e uma diária de um quarto duplo em nome de José Otávio Germano, entre o dia 1º e 2 de setembro de 2010. Essa estadia foi confirmada, inclusive, pelo próprio parlamentar, em seu depoimento. Diante da inexistência de vídeos da época da hospedagem dos deputados, a PF mapeou os extratos de chamadas telefônicas realizadas entre os dois parlamentares e o executivo Rodrigo Alvarenga Franco. Foram encontradas 27 ligações entre José Otávio Germano (PP-RS) e Luiz Fernando Ramos Farias (PP-MG), além de 44 contatos entre Luiz Fernando e Rodrigo Alvarenga. Foi constatada também a entrada de Luiz Fernando Ramos no escritório do doleiro Alberto Youssef, em São Paulo, no dia 20 de setembro de 2011. Segundo Youssef, em depoimento à PF, a Fidens foi contratada para a obra de terraplanagem da refinaria Premium I devido a “uma ingerência pessoal do Deputado Federal LUÍS FERNANDO do Partido Progressista junto a PAULO ROBERTO COSTA, sendo que a comissão seria paga diretamente ao mesmo pela FIDENS”.