RETRATO DA SEMANA

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quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

EXTINTA A FUNDAÇÃO IGTF




A Assembleia Legislativa do Estado do Rio Grande do Sul acaba de aprovar (neste momento são 8.30 hs) a extinção da Fundação Instituto Gaúcho  de Tradição e Folclore.
 
E nós, cultores das tradições gaúchas, como devemos nos portar diante do fato? 
 
Devemos lamentar por pessoas que realmente labutaram por esta instituição e cito como exemplo Glaucus Saraiva,  Hélio Moro Mariante, Lilian Argentina, Paixão Côrtes, Edson Oto e outros. Contudo, sabe-se bem que o IGTF, há bastante tempo, tornou-se um cabide de empregos dos partidos que governam o Estado (no momento tem 2 funcionários concursados e 7 CCs) e um rodízio de amigos na administração. Poucas vezes foram posicionadas na diretoria deste órgão pessoas técnicas realmente preocupadas em pesquisa e preservação de nossos costumes. E o pior é que, com toda esta disponibilidade de pessoal, o Instituto tornou-se inoperante.

E se falta dinheiro (e a gente sabe que falta), falta, também, criatividade. 
 
Em relação a apoio a eventos voltados para o culto específico das tradições crioulas, o IGTF saiu do rumo voltando suas ações para a "diversificação de culturas", esquecendo-se das raízes. Houve época em que o Site desta instituição pública só se reportava a carnaval.
 
Entendemos que o folclore vai além do tradicionalismo/nativismo mas, como característica primordial de nosso Estado, a cultura oriunda do campo, por seu atavismo, história  e importância, deveria receber uma atenção especial, coisa que não vinha acontecendo há muito tempo.

Então fica a pergunta. Embora com todos estes problemas estruturais, é correta a extinção?  
 
Claro que não. Não se liquida cultura. Entretanto é mais fácil queimar a mesa tomada por cupins do que tentar trata-la.