RETRATO DA SEMANA

RETRATO DA SEMANA

sábado, 24 de junho de 2017

HOJE É DIA DE SÃO JOÃO


O Dia de São João é comemorado anualmente em 24 de junho por ser a data tradicionalmente atribuída ao seu nascimento. São João é conhecido como o "Santo Festeiro”, e nesse dia são realizadas muitas festas dentro daquelas incorporadas às chamadas popularmente como Festas Juninas, comemorações marcadas por danças e pratos típicos.
 
Alguns símbolos bastante conhecidos nas celebrações são a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha, o manjericão, entre outros.
 
Existem duas possíveis explicações para a origem do termo Festa Junina: pelo fato das comemorações ocorreram durante o mês de junho e, segundo a outra teoria, seria uma homenagem direta a São João. No princípio, em alguns países da Europa, a festividade era chamada de Festa Joanina.
 
São João é considerado o santo mais próximo de Cristo, pois além de ser seu parente de sangue, Jesus foi batizado por João nas margens do rio Jordão.

 
O CICLO JUNINO NO RIO GRANDE DO SUL

Uma festividade que sempre motivou algumas controvérsias em relação a sua forma é a do Ciclo Junino (13 a 29de junho). Ela se manifesta no folclore de quase todo o solo brasileiro e engloba os folguedos de Santo Antônio, São João, São Pedro e São Paulo.

Por ser uma tradição que, como nos referimos, ocorre em vários Estados, muitos folcloristas defendem a ideia de que cada qual destes Estados deveria ter sua característica própria nas brincadeiras, o que não acontece, pois há uma tendência caipira nas comemorações.

A origem destes festejos, está nas antigas civilizações Greco-romanas, Godas e Celtas que, no verão europeu (junho e julho), homenageavam os Deuses da Colheita com cantigas e danças ao redor de uma fogueira.

Foi por intermédio dos colonizadores portugueses, entre 1580 e 1590, que estas manifestações chegaram ao Brasil sendo que os originários santos pagãos foram substituídos pelos santos católicos acima citados.

Mesclando ritos cristãos e pagãos, são muitas as formas de homenagear os santos favoritos, as quais podemos destacar: novenas, procissões, fogueiras, fogos de artifícios, quermesse, bailes, presságios, brincadeiras como casamento na roça, dança da quadrilha, pau-de-cebo, além da gastronomia como pipoca, rapaduras, pinhão, quentão e outros.

O que muitos folcloristas não concordam é em relação a unificação na forma das comemorações. - Cada Estado deveria festejar o ciclo junino dentro de suas características, de suas tradições, de sua cultura própria; expressa João Carlos D"Ávila Paixão Côrtes, que muito estudou e escreveu sobre o tema.

Ex: no Rio Grande do Sul não deveria ocorrer a incidência de chapéus-de-palha, camisas estampadas, calças remendadas, etc.

Seria interessante que alguma entidade voltada para a preservação dos usos e costumes de nossa terra esclarecessem estas circunstâncias através de cartilhas sobre o assunto. É comum alguns professores pintarem com rolha queimada bigodinhos e costeletas na piazada, no melhor estilo Mazaropi.